segunda-feira, 15 de março de 2010

Educação Financeira e Auto-ajuda

Confundir educação financeira com auto-ajuda é o mesmo que tentar definir o objetivo de uma empresa comercial pelo seu aspecto social.

Para motivar os aspectos psicológicos que nos levam a tomar a decisão de controlar as finanças de forma sistemática, mudando atitudes e hábitos, seguindo as boas práticas da administração financeira costumamos utilizar os conceitos e práticas de auto-ajuda. Porém, essa é a única relação entre os dois temas.

Administrar finanças, sejam pessoais ou corporativas, está associado a conhecer e administrar o fluxo dos recursos financeiros no decorrer do tempo, controlando e multiplicando os ganhos e racionalizando e reduzindo as despesas e desperdícios.

As mesmas ferramentas utilizadas pelos administradores para controlar as contas das empresas podem e devem ser utilizadas, em menor escala, para administrar as contas pessoais e familiares. Não basta saber quanto é a receita familiar, o valor da prestação da casa e do carro, os gastos correntes com água, luz, telefone, alimentação e higiene, e o “investimento” em educação.

É preciso, também, definir os objetivos de curto, médio e longo prazo, para projetarmos nossas receitas e despesas futuras e prevenir descasamentos de “fluxo de caixa” que podem ser uma dor de cabeça se não estivermos preparados para enfrentá-los. Nesse planejamento cabem, desde as próximas férias, até o nascimento e a futura faculdade de um filho, por exemplo.

Essa fase de planejamento inclui, tanto quanto nas empresas, a programação financeira e orçamentária para os próximos exercícios e deve ser acompanhada e revisada sistematicamente, pois se trará de projeções que podem ou não ser concretizadas e precisam de ajustes. Quanto mais longos os prazos e mais justas as previsões, mais controle deve se ter sobre nosso planejamento orçamentário.

Da qualidade do planejamento e da capacidade de cumprir as metas e restrições estabelecidas está o sucesso e a saúde financeira. A execução do orçamento, embora seja onde ocorrem realmente os resultados, é a simples execução e correção do que foi planejado na fase anterior.

Por fim, planejamento e execução orçamentários são complementados pelo controle do orçamento. Nesta fase é que apuramos o grau de acerto de nossas previsões e a capacidade de seguir o que planejamos. Comparando o previsto com o efetivamente realizado podemos verificar em quanto, na prática, nos distanciamos do planejado e em quais contas ocorreram as maiores discrepâncias.

As correções decorrentes dessa fase dependem do grau de detalhamento e do horizonte de tempo que nosso planejamento alcança.

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