segunda-feira, 31 de maio de 2010

Funções do dinheiro

Há alguns dias, uma mensagem circulou na internet sobre um economista inglês que está vivendo há 18 meses sem dinheiro, utilizando apenas um sistema de troca de serviços e mercadorias para sua subsistência.

Isso nos leva a pensar nas diversas funções do dinheiro. A utilização do dinheiro como unidade de medida para as trocas e contraprestação de produtos e serviços negociados entre os agentes econômicos é a principal utilidade, mas não é a única nem a mais nobre.

Na moderna economia, o dinheiro é um sistema métrico que permite quantificarmos a capacidade de uma pessoa, uma empresa ou uma nação de gerar excedentes, ou seja, gerar mais produtos e serviços que consomem e suprirem suas deficiências com os excedentes dos demais.

Participando de uma economia organizada e especializada, esses agentes produzem aquilo que fazem de melhor numa proporção que permite às demais pessoas, empresas e nações desenvolverem suas próprias potencialidades. É a métrica financeira que permite encontrar o equilíbrio entre as diversas qualificações e definir o ritmo com que os investimentos em infra-estrutura e desenvolvimento são efetuados. Ela é que permite que as pessoas tenham a tranqüilidade para desenvolver suas capacitações sabendo que suas necessidades, em áreas que são carentes ou deficitárias, serão supridas pelo excedente das demais pessoas.

Em suma, o dinheiro, utilizado para acumulação e consumo, pode causar transtornos e desavenças. Porém, quando utilizado como unidade de medida, permite mensurar o grau de desenvolvimento e satisfação de uma população, e o ritmo de crescimento dessa comunidade, com seus erros e acertos na busca pelo bem estar de todos.

domingo, 30 de maio de 2010

Programação do consumo

Quando uma empresa enfrenta dificuldades é comum promover uma redução de custos. Mesmo os sindicatos e as pessoas envolvidas nos processos de cortes salariais e redução de jornada estão dispostos a negociar pois entendem que a situação requer medidas austeras para recuperar a empresa e torná-la novamente lucrativa.


No entanto, grande parte das pessoas não percebe que possíveis dificuldades financeiras nas contas pessoais devem ser tratadas com a mesma intensidade. O pensamento mais comum é buscar expansão na renda – “estamos ganhando pouco”.

Muitas pessoas tem as compras como premio pelo esforço no trabalho e reduzir o consumo é uma frustração.

Estabelecer objetivos de médio e longo prazo é uma forma de substituir esse prazer imediato. Para isso, a definição desses objetivos deve ser a mais clara e específica possível e estes, quantificáveis e atingíveis no intervalo de tempo considerado, permitindo que a frustração inicial experimentada pela restrição do consumo imediato seja compensada pela perseguição aos objetivos e pelo acompanhamento das etapas intermediárias que especificamos inicialmente – uma seqüencia de pequenos sucessos que nos incentiva a continuar avançando na direção escolhida e substitui os prazeres efêmeros do consumo imediato, além de permitir manter as contas sob controle.

terça-feira, 25 de maio de 2010

O dinheiro é uma droga

A sensação de poder e a capacidade de consumo associada ao dinheiro têm o mesmo efeito sobre o cérebro que as drogas químicas. A capacidade de produzir endorfina pode ser afetada por esses agentes externos.


Assim como as drogas, o dinheiro pode produzir uma sensação de bem estar.

Assim como as drogas, o dinheiro pode causar dependência quando o cérebro passa a “precisar” desse subterfúgio para produzir prazer.

Há momentos na vida, como nas enfermidades, que precisamos das drogas farmacológicas. Nessa hora, procuramos um médico que prescreve a dosagem e o tempo que a droga nos é necessária. A automedicação e a administração de “remédios” sem critério é prejudicial e pode causar dependência e outras conseqüências graves.

Com o dinheiro não é diferente. No entanto, como “droga legal” – equivalente a bebidas, fumo, jogos, etc., está associado a uma doença social que mascara os efeitos nocivos e não raras vezes nos faz acreditar que “quanto mais, melhor”. Não importa qual o custo.

Muitos sacrificam família, caráter e comportamento legal e ético para adquirir fortuna.

O dinheiro é um bem de troca e não tem valor intrínseco. Serve para facilitar a aquisição de bens materiais ou imateriais. Esses sim devem ser os responsáveis pela sensação de prazer e segurança, em conjunto com os valores éticos e morais que são superiores a quaisquer outros.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Economizar, Poupar e Investir.

Muitas vezes pensamos que para controlar nossas finanças precisamos freqüentar cursos, participar de seminários e conhecer planilhas e contabilidade.

Isso, com certeza, ajuda. Mas, mais importante que o conhecimento é a atitude. Não basta um planejamento bem feito, é preciso tirar os planos do papel e agir.

Não adianta falar de investimentos, se não sobra ou, pior, se falta renda no final do mês. Não é razoável aplicar dinheiro e pagar juros do cartão de crédito ou do cheque especial. Se a taxa de juros da aplicação compensar (o que eu duvido muito), o risco é altíssimo.

Precisamos “decidir” poupar e economizar. Se chegarmos a conclusão que não é possível, não há método que resolva. Não importa se você acredita que pode ou acredita que não pode; você sempre terá razão.

O planejamento passa por organizar as finanças para sabermos quanto e por quanto tempo podemos aplicar com segurança sem ficarmos sem dinheiro para pagar alguma obrigação no meio do caminho. Não estamos falando dos imprevistos que podem acontecer. Isso é outro capítulo.

Para poupar é preciso economizar. Para investir é preciso poupar.

Economizar é gastar menos com determinado item. Requer um esforço de comparar preços; buscar opções mais baratas; etc...

Poupar é evitar ou adiar o consumo. Simples perguntas – Preciso mesmo disso?, Se eu economizar e comprar a vista no futuro não será mais vantajoso? Quanto eu vou precisar no próximo semestre? -  permitem a formação de um patrimônio e melhoria da qualidade de vida.