sábado, 10 de julho de 2010

Voce conhece o SOLVER?

O Solver é uma ferramenta que encontra resultados ótimos (máximos ou mínimos) para um sistema de equações utilizando células variáveis e uma célula objetivo.

Pode-se incluir regras e restrições para limitar os resultados de equações intermediárias e limites de variação para células variáveis.

Dessa forma, é uma ótima ferramenta de simulação e apoio a decisão.

O exemplo que construímos - SOLVE.XLSX, destina-se a procurar a melhor combinação de vendas entre 3 produtose apresenta as seguintes restrições (regras de negócios):

1. O custo máximo em estoques foi arbitrado em R$ 5.000,00 (pode ser alterado)

2. O custo fixo é rateado pela proporção à quantidade vendida. O valor total do custo fixo pode ser alterado.

3. O estoque mínimo foi arbitrado em 6 unidades pois pode não ser interessante faltar um produto no estabelecimento (pode ser alterado).

4. O preço do produto é atribuído conforme praticado ou pretendido.

Pede-se para o sistema “maximizar” o lucro total.

Caso o Solver não esteja disponível, procure na ajuda como instalar esse complemento (o procedimento de instalação é simples, mas muda conforme a versão do Excel).

Pode ser trabalhado com sistemas bastante complexos.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Custo dos empréstimos

Mesmo as pessoas mais precavidas podem enfrentar situações em que necessitem tomar algum dinheiro emprestado.


Onde buscar esse recurso? Qual linha de crédito é mais adequada? Há no mercado uma infinidade de fontes de recursos disponíveis e não é fácil decidir qual a mais adequada.

Primeiro, é necessário saber exatamente o valor e o prazo do empréstimo. Depois, verificando a situação cadastral junto ao sistema financeiro e a capacidade de pagamento, é possível determinar as opções disponíveis.

Para escolher uma delas, é preciso considerar que o custo do dinheiro está diretamente relacionado ao risco de quem empresta não receber o dinheiro de volta. Assim, empréstimos sem destinação específica – crédito pessoal, cheque especial ou cartão de crédito, são mais caros que os empréstimos onde há vínculo com a utilização – crédito direto ao consumidor (CDC), leasing ou consórcios. Da mesma forma, empréstimos sem garantias são mais caros que os empréstimos em consignação, com desconto em folha de pagamento ou com garantias reais.

Por fim, tenha em mente que o pagamento do empréstimo deve ocorrer no prazo acertado. Os custos de mora – por atraso, ou de renegociação, costumam ser mais caros que os juros dos contratos dentro dos prazos acertados originalmente.

domingo, 6 de junho de 2010

Receitas e despesas

No sistema capitalista, o crescimento ocorre pela incorporação de novos recursos no processo produtivo ou por aumento de produtividade desses recursos.

Nas últimas décadas, o custo par incorporação de recursos, cada vez mais escassos, tem sido crescente. Por isso, os investimentos são destinados prioritariamente a aumentar o rendimento dos recursos disponíveis Dessa forma, treinamos pessoas, revisamos processos e reduzimos custos.

O treinamento de pessoas e a utilização de processos padronizados são facilitados pelo amplo acesso a informação e tecnologia. Porém, custos são afetados diretamente pela produtividade e gestão dos recursos utilizados, uma composição de múltiplas variáveis e implicações que deve ser avaliada caso a caso.

Por outro lado, não podemos medir o que não conhecemos. E poucos conhecem todos os custos envolvidos no processo produtivo ou mesmo em suas contas pessoais. Conhecer o custo fixo o custo variável total não é suficiente para tomarmos decisões para o futuro. O custo unitário e a produtividade marginal dos recursos utilizados são conceitos que permitem avaliar com mais segurança qual o impacto nos resultados de cada unidade adicional que a empresa produz.

Ao acompanharmos a produtividade marginal, veremos que os rendimentos de cada nova unidade produzida crescem até determinado ponto – alocação ótima dos recursos, e então reduzem sua contribuição ou até causam prejuízos pela saturação do processo com esse recurso.

No plano pessoal, corresponde à receita adicional que uma pessoa consegue em cada hora extra de trabalho, deduzidos os custos adicionais que incorre por dedicar essa hora ao trabalho em detrimento das demais atividades - custo de oportunidade. Aí computados os custos do descontrole das finanças com a falta de tempo para pesquisa de preços, planejamento de médio e longo prazo, programação financeira e acompanhamento orçamentário, etc.

Ao atingirmos nosso ponto de equilíbrio – que significa alocação ótima dos esforços destinados às atividades profissionais, além desses, e decerto mais importantes, incorremos em custos com a saúde, relacionamentos pessoais e profissionais, que nem sempre conseguimos mensurar financeiramente.

Sem controle, os custos tendem a crescer até consumirem toda a receita. Sem controle, as receitas tendem a crescer até consumirem toda a saúde da pessoa ou da empresa.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Fluxo de Caixa Pessoal


Numa empresa todas as atividades empresariais envolvem recursos financeiros. É preciso recursos para matéria-prima, para a fabricação, para despesas. A venda gera novos recursos financeiros que permitem manter o ciclo. Se o saldo for positivo é possível investir e crescer.
Na nossa vida cotidiana não é diferente. Precisamos de dinheiro para tudo que desejamos fazer e quando conseguimos guardar recursos para o futuro podemos fazer investimentos em nós mesmos, como comprar algo novo, ou fazer um curso profissional, ou ainda garantir um futuro melhor.

Para manter estas informações organizadas, o administrador financeiro utiliza-se de uma ferramenta chamada fluxo de caixa. Esta mesma ferramenta pode ser utilizada com bastante facilidade para nossas decisões pessoais.

Para nós pessoas físicas, o fluxo de caixa é a ferramenta que permite tomar decisões de consumo sem que falte dinheiro para pagar as contas. O fluxo de caixa permite observar para onde está indo o nosso dinheiro e encaixar nossos objetivos pessoais nele de forma a não faltar recursos para realizá-los. Montar um fluxo é muito fácil com a ajuda do Excel. Elaboramos um modelo que poderá ser utilizado de base para depois você ir adaptando de acordo com suas próprias necessidades. Para acessar nosso modelo clique aqui.

No modelo lance suas despesas e receitas previstas adicionando colunas se necessário. Depois faça cópia da planilha para os meses seguintes. No primeiro mês será preciso lançar o seu saldo na célula abaixo do saldo inicial (P2). Depois você pode fazer com que o Excel faça isto sozinho fazendo com que a célula “saldo inicial” (P2) de cada mês seja igual à célula do saldo final do mês anterior (P33). Depois de pronto basta manter seus dados atualizados e será possível ter uma visão antecipada da sua situação financeira nos próximos meses.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Funções do dinheiro

Há alguns dias, uma mensagem circulou na internet sobre um economista inglês que está vivendo há 18 meses sem dinheiro, utilizando apenas um sistema de troca de serviços e mercadorias para sua subsistência.

Isso nos leva a pensar nas diversas funções do dinheiro. A utilização do dinheiro como unidade de medida para as trocas e contraprestação de produtos e serviços negociados entre os agentes econômicos é a principal utilidade, mas não é a única nem a mais nobre.

Na moderna economia, o dinheiro é um sistema métrico que permite quantificarmos a capacidade de uma pessoa, uma empresa ou uma nação de gerar excedentes, ou seja, gerar mais produtos e serviços que consomem e suprirem suas deficiências com os excedentes dos demais.

Participando de uma economia organizada e especializada, esses agentes produzem aquilo que fazem de melhor numa proporção que permite às demais pessoas, empresas e nações desenvolverem suas próprias potencialidades. É a métrica financeira que permite encontrar o equilíbrio entre as diversas qualificações e definir o ritmo com que os investimentos em infra-estrutura e desenvolvimento são efetuados. Ela é que permite que as pessoas tenham a tranqüilidade para desenvolver suas capacitações sabendo que suas necessidades, em áreas que são carentes ou deficitárias, serão supridas pelo excedente das demais pessoas.

Em suma, o dinheiro, utilizado para acumulação e consumo, pode causar transtornos e desavenças. Porém, quando utilizado como unidade de medida, permite mensurar o grau de desenvolvimento e satisfação de uma população, e o ritmo de crescimento dessa comunidade, com seus erros e acertos na busca pelo bem estar de todos.

domingo, 30 de maio de 2010

Programação do consumo

Quando uma empresa enfrenta dificuldades é comum promover uma redução de custos. Mesmo os sindicatos e as pessoas envolvidas nos processos de cortes salariais e redução de jornada estão dispostos a negociar pois entendem que a situação requer medidas austeras para recuperar a empresa e torná-la novamente lucrativa.


No entanto, grande parte das pessoas não percebe que possíveis dificuldades financeiras nas contas pessoais devem ser tratadas com a mesma intensidade. O pensamento mais comum é buscar expansão na renda – “estamos ganhando pouco”.

Muitas pessoas tem as compras como premio pelo esforço no trabalho e reduzir o consumo é uma frustração.

Estabelecer objetivos de médio e longo prazo é uma forma de substituir esse prazer imediato. Para isso, a definição desses objetivos deve ser a mais clara e específica possível e estes, quantificáveis e atingíveis no intervalo de tempo considerado, permitindo que a frustração inicial experimentada pela restrição do consumo imediato seja compensada pela perseguição aos objetivos e pelo acompanhamento das etapas intermediárias que especificamos inicialmente – uma seqüencia de pequenos sucessos que nos incentiva a continuar avançando na direção escolhida e substitui os prazeres efêmeros do consumo imediato, além de permitir manter as contas sob controle.

terça-feira, 25 de maio de 2010

O dinheiro é uma droga

A sensação de poder e a capacidade de consumo associada ao dinheiro têm o mesmo efeito sobre o cérebro que as drogas químicas. A capacidade de produzir endorfina pode ser afetada por esses agentes externos.


Assim como as drogas, o dinheiro pode produzir uma sensação de bem estar.

Assim como as drogas, o dinheiro pode causar dependência quando o cérebro passa a “precisar” desse subterfúgio para produzir prazer.

Há momentos na vida, como nas enfermidades, que precisamos das drogas farmacológicas. Nessa hora, procuramos um médico que prescreve a dosagem e o tempo que a droga nos é necessária. A automedicação e a administração de “remédios” sem critério é prejudicial e pode causar dependência e outras conseqüências graves.

Com o dinheiro não é diferente. No entanto, como “droga legal” – equivalente a bebidas, fumo, jogos, etc., está associado a uma doença social que mascara os efeitos nocivos e não raras vezes nos faz acreditar que “quanto mais, melhor”. Não importa qual o custo.

Muitos sacrificam família, caráter e comportamento legal e ético para adquirir fortuna.

O dinheiro é um bem de troca e não tem valor intrínseco. Serve para facilitar a aquisição de bens materiais ou imateriais. Esses sim devem ser os responsáveis pela sensação de prazer e segurança, em conjunto com os valores éticos e morais que são superiores a quaisquer outros.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Economizar, Poupar e Investir.

Muitas vezes pensamos que para controlar nossas finanças precisamos freqüentar cursos, participar de seminários e conhecer planilhas e contabilidade.

Isso, com certeza, ajuda. Mas, mais importante que o conhecimento é a atitude. Não basta um planejamento bem feito, é preciso tirar os planos do papel e agir.

Não adianta falar de investimentos, se não sobra ou, pior, se falta renda no final do mês. Não é razoável aplicar dinheiro e pagar juros do cartão de crédito ou do cheque especial. Se a taxa de juros da aplicação compensar (o que eu duvido muito), o risco é altíssimo.

Precisamos “decidir” poupar e economizar. Se chegarmos a conclusão que não é possível, não há método que resolva. Não importa se você acredita que pode ou acredita que não pode; você sempre terá razão.

O planejamento passa por organizar as finanças para sabermos quanto e por quanto tempo podemos aplicar com segurança sem ficarmos sem dinheiro para pagar alguma obrigação no meio do caminho. Não estamos falando dos imprevistos que podem acontecer. Isso é outro capítulo.

Para poupar é preciso economizar. Para investir é preciso poupar.

Economizar é gastar menos com determinado item. Requer um esforço de comparar preços; buscar opções mais baratas; etc...

Poupar é evitar ou adiar o consumo. Simples perguntas – Preciso mesmo disso?, Se eu economizar e comprar a vista no futuro não será mais vantajoso? Quanto eu vou precisar no próximo semestre? -  permitem a formação de um patrimônio e melhoria da qualidade de vida.

domingo, 28 de março de 2010

Regras e Modelos.

Não há regras rígidas no mercado financeiro. Tudo depende do perfil do investidor; sua tolerância e apetite ao risco e o horizonte das aplicações. A melhor estratégia é a que traz melhores resultados.

No entanto, as premissas básicas do binômio risco e retorno podem ser traduzidas como prudência e diversificação. Iniciamos por quantificar o risco que aceitamos assumir no horizonte de tempo considerado e depois procuramos diluir esse risco, na tentativa de minimizá-lo.

Na prática, esse processo envolve uma decisão de quanto vamos poupar e como vamos aplicar nossas reservas financeiras – quanto em renda fixa, quanto em renda variável e quanto em bens duráveis, e por quanto tempo. Para apoiar nossa decisão é necessário estimarmos os riscos envolvidos em cada alternativa e a relação de comportamento dos resultados entre elas. Esse procedimento de “correlação” entre o comportamento de cada alternativa, a probabilidade de retorno de cada uma e as perdas potenciais são objetos de análise dos agentes de mercado.

Desde grandes fundos de investimento e agências de Ratting que possuem modelos proprietários e softwares complexos, a investidores e traders individuais, todos buscamos antecipar o comportamento dos mercados para basearmos nossas decisões.

Não há modelo ou técnica melhor que outra. Qualquer estratégia que funciona é boa. Há modelos simples baseados em variáveis com altos níveis de significância que conseguem previsões bastante satisfatórias e modelos complexos que, aplicados indiscriminadamente ou fora do contexto para o qual foram “calibrados”, não funcionam adequadamente.

Na última reunião mensal da Confraria dos Traders, patrocinada e promovida pela escola de traders Traders em Ação, o professor Plinio Barreto destacou, dentre outras, a utilização de médias móveis para modelagem dos dados de mercado. Conforme destacou o Professor, cada papel tem uma personalidade e um comportamento.

Podemos observar isso na planilha “Médias Móveis” postada em Planilhas e Textos deste Blog. A planilha MMov_excel2003 é destinada a versão 2003 do Excel e apresenta limitação no número de observações da base de dados histórica que a acompanha. A planilha MMov_excel2007, versão Excel 2007, tem as mesmas funcionalidades e maior capacidade de armazenamento na base histórica – COTAHIST_08A10 .

O quadro “Reversão de tendência indica a quantidade de vezes que a MM indica mudança de posição – compra ou venda.

A planilha é aberta e destinada a estudos e desenvolvimento. Aguardo colaborações e sugestões.

Obrigado.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Educação Financeira e Auto-ajuda

Confundir educação financeira com auto-ajuda é o mesmo que tentar definir o objetivo de uma empresa comercial pelo seu aspecto social.

Para motivar os aspectos psicológicos que nos levam a tomar a decisão de controlar as finanças de forma sistemática, mudando atitudes e hábitos, seguindo as boas práticas da administração financeira costumamos utilizar os conceitos e práticas de auto-ajuda. Porém, essa é a única relação entre os dois temas.

Administrar finanças, sejam pessoais ou corporativas, está associado a conhecer e administrar o fluxo dos recursos financeiros no decorrer do tempo, controlando e multiplicando os ganhos e racionalizando e reduzindo as despesas e desperdícios.

As mesmas ferramentas utilizadas pelos administradores para controlar as contas das empresas podem e devem ser utilizadas, em menor escala, para administrar as contas pessoais e familiares. Não basta saber quanto é a receita familiar, o valor da prestação da casa e do carro, os gastos correntes com água, luz, telefone, alimentação e higiene, e o “investimento” em educação.

É preciso, também, definir os objetivos de curto, médio e longo prazo, para projetarmos nossas receitas e despesas futuras e prevenir descasamentos de “fluxo de caixa” que podem ser uma dor de cabeça se não estivermos preparados para enfrentá-los. Nesse planejamento cabem, desde as próximas férias, até o nascimento e a futura faculdade de um filho, por exemplo.

Essa fase de planejamento inclui, tanto quanto nas empresas, a programação financeira e orçamentária para os próximos exercícios e deve ser acompanhada e revisada sistematicamente, pois se trará de projeções que podem ou não ser concretizadas e precisam de ajustes. Quanto mais longos os prazos e mais justas as previsões, mais controle deve se ter sobre nosso planejamento orçamentário.

Da qualidade do planejamento e da capacidade de cumprir as metas e restrições estabelecidas está o sucesso e a saúde financeira. A execução do orçamento, embora seja onde ocorrem realmente os resultados, é a simples execução e correção do que foi planejado na fase anterior.

Por fim, planejamento e execução orçamentários são complementados pelo controle do orçamento. Nesta fase é que apuramos o grau de acerto de nossas previsões e a capacidade de seguir o que planejamos. Comparando o previsto com o efetivamente realizado podemos verificar em quanto, na prática, nos distanciamos do planejado e em quais contas ocorreram as maiores discrepâncias.

As correções decorrentes dessa fase dependem do grau de detalhamento e do horizonte de tempo que nosso planejamento alcança.